Abilio Diniz declara apoio a Dilma
Publicada em 05/03/2010 às 10h12m em O Globo
SÃO PAULO - O empresário Abilio Diniz, presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar, maior rede varejista do país, se declarou na quinta-feira um verdadeiro cabo eleitoral da pré-candidata do PT à Presidência da República, a ministra Dilma Rousseff. Na apresentação do novo presidente da empresa, Enéas Pestana, Diniz defendeu Dilma e disse que ela tem "todas as condições" de levar adiante o "legado" que será deixado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- É o legado do crescimento, da geração do emprego e da distribuição de renda. Este é o legado que ele (Lula) deixa. Tenho uma profunda admiração por este homem - disse Diniz, negando que os elogios sejam uma declaração de voto na ministra.
Diniz é o primeiro grande empresário a dar uma declaração de apoio à candidata do PT. Em 89, durante o período eleitoral, Diniz foi sequestrado e, às vésperas das eleições em que o ex-presidente Collor disputava a Presidência contra Lula, a polícia prendeu os sequestradores ligados a movimentos de esquerda da América Latina e encontrou nomes de petistas em agendas dos criminosos, o que levou a polícia a vincular o caso a petistas e a apresentar os sequestradores com camisetas da campanha do PT. Isso prejudicou a campanha de Lula, que foi derrotado por Collor.
Apesar de elogiar Dilma ontem, Diniz se negou a fazer comparações entre o atual governo e o de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Para ele, o presidente Lula não vai se afastar de Dilma, caso ela seja eleita, pois ficará "por trás", olhando e fazendo com que o seu legado continue.
- Ela tem condições de levar esse legado em frente, até porque Lula vai ajudar. A Dilma tem todas as condições pelos conhecimentos dela, e até porque o Lula vai ajudar. Ele não vai ficar omisso - disse.
Uma das qualidades do presidente, segundo Diniz, é que ele está o tempo todo em busca de crescimento, de saber, de perguntar e ouvir:
- Você já viu político que ouve? Ele (Lula) ouve, ouve, ouve... É impressionante.
Essa não é primeira vez que o empresário faz elogios em público a Lula. No início do ano, ele disse que era "fã de carteirinha" do presidente. Perguntado se a ministra Dilma também é uma boa ouvinte, Diniz garantiu que sim:
- Ela ouve muito mais do que vocês podem imaginar. Sou um cara equilibrado, de bom senso, já sou um velhinho (tem 73 anos), tenho boa cabeça. Por que será que eu gosto da Dilma? Porque ela é ministra da Casa Civil eu me encanto com ela? Não. Eu gosto da Dilma porque eu a conheço.
Na avaliação de Diniz, a ministra ainda tem dificuldade de ser reconhecida pelo público comum e precisa conseguir se mostrar como é vista nas conversas do dia a dia da sua pasta:
- Ela precisa (se mostrar como pessoa comum). Para que as pessoas tenham ideia de quem é a Dilma. Estou falando de uma pessoa de quem sou amigo e tenho admiração. Ela pergunta e é muito bem informada. Alguns temas conhece profundamente, como infraestrutura. É preciso que ela consiga se mostrar como uma pessoa normal.
Publicada em 05/03/2010 às 10h12m em O Globo
SÃO PAULO - O empresário Abilio Diniz, presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar, maior rede varejista do país, se declarou na quinta-feira um verdadeiro cabo eleitoral da pré-candidata do PT à Presidência da República, a ministra Dilma Rousseff. Na apresentação do novo presidente da empresa, Enéas Pestana, Diniz defendeu Dilma e disse que ela tem "todas as condições" de levar adiante o "legado" que será deixado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- É o legado do crescimento, da geração do emprego e da distribuição de renda. Este é o legado que ele (Lula) deixa. Tenho uma profunda admiração por este homem - disse Diniz, negando que os elogios sejam uma declaração de voto na ministra.
Diniz é o primeiro grande empresário a dar uma declaração de apoio à candidata do PT. Em 89, durante o período eleitoral, Diniz foi sequestrado e, às vésperas das eleições em que o ex-presidente Collor disputava a Presidência contra Lula, a polícia prendeu os sequestradores ligados a movimentos de esquerda da América Latina e encontrou nomes de petistas em agendas dos criminosos, o que levou a polícia a vincular o caso a petistas e a apresentar os sequestradores com camisetas da campanha do PT. Isso prejudicou a campanha de Lula, que foi derrotado por Collor.
Apesar de elogiar Dilma ontem, Diniz se negou a fazer comparações entre o atual governo e o de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Para ele, o presidente Lula não vai se afastar de Dilma, caso ela seja eleita, pois ficará "por trás", olhando e fazendo com que o seu legado continue.
- Ela tem condições de levar esse legado em frente, até porque Lula vai ajudar. A Dilma tem todas as condições pelos conhecimentos dela, e até porque o Lula vai ajudar. Ele não vai ficar omisso - disse.
Uma das qualidades do presidente, segundo Diniz, é que ele está o tempo todo em busca de crescimento, de saber, de perguntar e ouvir:
- Você já viu político que ouve? Ele (Lula) ouve, ouve, ouve... É impressionante.
Essa não é primeira vez que o empresário faz elogios em público a Lula. No início do ano, ele disse que era "fã de carteirinha" do presidente. Perguntado se a ministra Dilma também é uma boa ouvinte, Diniz garantiu que sim:
- Ela ouve muito mais do que vocês podem imaginar. Sou um cara equilibrado, de bom senso, já sou um velhinho (tem 73 anos), tenho boa cabeça. Por que será que eu gosto da Dilma? Porque ela é ministra da Casa Civil eu me encanto com ela? Não. Eu gosto da Dilma porque eu a conheço.
Na avaliação de Diniz, a ministra ainda tem dificuldade de ser reconhecida pelo público comum e precisa conseguir se mostrar como é vista nas conversas do dia a dia da sua pasta:
- Ela precisa (se mostrar como pessoa comum). Para que as pessoas tenham ideia de quem é a Dilma. Estou falando de uma pessoa de quem sou amigo e tenho admiração. Ela pergunta e é muito bem informada. Alguns temas conhece profundamente, como infraestrutura. É preciso que ela consiga se mostrar como uma pessoa normal.
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